terça-feira, 19 de junho de 2007

Psicologia na TV ajuda a desconstruir preconceitos

O CFP, em parceria com o Canal
Futura, lançou, em meados de novembro,
a segunda edição da série
de programas de televisão “Não é o
que parece”. A dimensão subjetiva na
construção da noção de tempo e de
espaço, nas situações de encarceramento,
nas comunicações, no amor, na
beleza e no preconceito e na alteração
da consciência são os temas escolhidos
para esta segunda série.

Ancorado no preceito da subjetividade
como construtora de estereótipos
sociais, o programa “Não é o que parece”
busca, segundo o vice-presidente do CFP,
Marcus Vinícius de Oliveira, “evidenciar
as formas íntimas de fabricação das
discriminações, preconceitos, estigmas e
identidades sociais da realidade”.

Constituído por oito programas
com 24 minutos cada um, o projeto teve
sua estréia exibida para uma platéia de
convidados na Comissão de Direitos Humanos
e Minorias da Câmara dos Deputados.
O episódio “Preto no Branco”
- que caracteriza os aspectos raciais no
Brasil - deu abertura ao pré-lançamento.
Estes novos programas mantêm uma
estrutura “dialogável e interativa” com
os telespectadores. “Utilizamos uma linguagem
aberta, com um discurso fácil e
provocativo”, esclarece o vice-presidente
- responsável pelo conteúdo da programação,
juntamente com os conselheiros
federais Ana Bock e Odair Furtado.

O programa está sendo exibido
pelo Canal Futura, sempre às sextas-
feiras, a partir das 22h30, e, aos
domingos, às 21h30.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Psicologia vai realizar Encontro sobre Mídia e Subjetividade


Os Meios de Comunicação têm cadavez maior presença na vida das pessoas.Hoje, sabemos do tempo, dos acontecimentosde nossa cidade e do mundo,sabemos dos perigos iminentes e aprendemoscoisas necessárias para nossa vida porestes meios. Receber informações é, hoje,uma necessidade, e os Meios de Comunicaçãocumprem esta função.


Além disso, podemos considerar queadquirimos a cultura de nosso grupo socialtambém por estes meios. Eles são veículosde informação e de valores que nos constituemcomo sujeitos em nossa sociedade.


Por este papel de elemento de constituiçãoda subjetividade é que os Meiosde Comunicação, em especial a televisão,pela presença forte em nossas vidas, tornam-se preocupação de muitos. São profissionaisda comunicação, e de outras áreas,e estudantes que se debruçam em tornodo poder da comunicação e dos riscospara nossa sociedade advindos da falta dedemocratização neste setor. Concentrar namão de poucos os Meios de Comunicação,como no caso brasileiro, onde sete famíliascontrolam 95% dos veículos, torna-se umgrande problema, pois isto significa que estamosexpostos, como meios de formação,a idéias unilaterais e leituras hegemônicasde nossa sociedade.


Mas, o que os psicólogos têm quever com isto?!


Como profissionais da subjetividade,os psicólogos têm ampliado suas preocupaçõespara além de todas as formas deinfluência e constituição dos sujeitos. Comos Meios de Comunicação também aprendemosemoções, valores, sentimentos,preconceitos, formas de relacionamento,desejos e necessidades, enfim, constituímosnossas identidades. Aprendemos agostar e valorizar uma expressão cultural eaprendemos a desvalorizar outras.


O debate sobre Mídia e Subjetividadenão é exatamente novo nocampo da Psicologia, mas está agorareforçado pelo engajamento dos psicólogosnas lutas pela democratizaçãodas comunicações e pelas experiênciasrealizadas pelo Banco Social deServiços em Psicologia, em seu projeto“Ética na TV”. Os psicólogos puderamcontribuir significativamente com oMinistério Público, oferecendo pareceressobre programas de televisãoque são denunciados pela faltade qualidade, pela presença depreconceitos ou pelo desrespeitoaos direitos da pessoa.


Na busca de fortalecer aimportância destas contribuições,os conselhos de Psicologiadeliberaram na APAF- Assembléia dePolíticas Financeiras e Administrativas,de dezembro deste ano, pela participaçãoem núcleos regionais pela democratizaçãoda comunicação e pela convocação dospsicólogos, que trabalham com esta temática,seja nas universidades, seja nos Meiosde Comunicação ou em outros espaços,para o debate sobre “Mídia e Produção dasSubjetividades”. O Encontro deverá antecedero I Encontro Nacional sobre Mídia eSubjetividade deliberado pelo FNDC.


Os psicólogos trazem sua contribuiçãoapresentando a leitura da dimensãosubjetiva da comunicação. Com certeza, aluta da democratização só tem a ganhar,pois é mais um aspecto que se soma paraque a sociedade possa compreender e seempenhar na necessidade de produziruma mídia democrática, que permita oacesso à diversidade e a valorize comoaspecto importante da constituição dassubjetividades.


Fique atento, pois o encontro deveráacontecer nos meados de 2006